24 dezembro 2007

Volto em 2008!!!

Queridos Orgonautas: Estou indo nessa...vou descansar num lugar sem "modernidades"... fazer pausa pra balanço e revigorar este corpitcho cansado. Qualquer coisa vocês me encontram neste endereço aí em cima!!!
Desejo um ano novo maravilhoso, transbordante de saúde física, mental e espiritual para todos!!!

22 dezembro 2007

A não detox de Natal



Em época de fim de ano e festas que abundam (da firma, dos amigos, a véspera do Natal, e a do dia, Ano Novo...), não dá pra falar em detox, muito menos pra fazer. Só quem for muito obssessivo e isso nós não queremos, porque orgonio também é prazer!!!
A única detox que me ocorre aconselhar nesta época, é detox de compras alucinadas, Papai Noel e afins, e lembrar do que realmente importa: o Aniversariante.
Quanto às comidinhas... se joga! Afinal Janeiro está aí: praia, calor, sucos, frutas e saladas.
E pensando bem, o que seria da detox se não existisse a "intox", e depois a "retox"...?

19 dezembro 2007

Delírios de uma - quase - mãe

Na semana passada fiz meu segundo ultrassom. O primeiro não deu pra ver quase nada, meu filho só tinha 8mm, mas tive certeza de que estava grávida mesmo. Mas este último, já com 3 mêses foi bem diferente! Pra começar levei platéia nobre: minha mãe e meu marido. Foi tão lindo, mas tão lindo, que eu queria ficar fazendo horas de ultrassom, aliás eu queria ter um em casa, pra ficar olhando o bebê. O fato é que eu vi coisas que ninguém mais viu ( dizem que toda mulher, quando vira mãe, enlouquece). O exame começou...
-Uauuu como ele cresceu! Já tá com 8 cm... do tamanho de um pão francês! Olha lá manhê... é menino!
- Calma, não se empolga... este é só o cordão umbilical! Ainda não dá pra ver o sexo. Disse o médico.
Daí apareceu o cérebro, bem certinho as duas metades. Me empolguei de novo:
- Olha, que cerebrão! Nossa ele vai ser muito inteligente!
O médico mostrou os bracinhos, e falou que eram compridos... então foi a vez da minha mãe:
- É, geminiano né... tem braços compridos mesmo!
- Olha, mexeu o bracinho... que fofo, ele deu tchau!
O médico continuou:
- Este aqui é o esboço do rosto.
- Nosssa Rô, é a sua cara!!! Falei convicta ( juro que eu vi).
Todos riram, e o médico falou que nessa eu viajei alto. Mas eu sei que é! Mãe "sente" as coisas, sabe?

Este bebê da foto não é o meu, pois no momento estou sem scanner. Mas ele está bem parecido com este aí. Só que um pouco mais bonitinho!

16 dezembro 2007

Meu melhor presente!




Pra mim as bolachinhas natalinas já viraram uma tradição de natal. Todo fim de ano as faço para presentear meus queridos. Além do sabor e do amor das coisas feitas a mão, evito a loucura das compras, trânsito, Shoppings e tudo mais que me faz pensar em tudo de ruim, menos no espírito de Natal!
Nos anos de maior disposição me animo a fazer umas receitas alemãs de bolachinhas amanteigadas que são tão deliciosas e lindas quanto são trabalhosas. Este ano, mais cansada, optei por uma receita única, muito prática, mas não menos deliciosa... são feitas quase que SÓ de nozes! Juro que fazem muito sucesso e dão o recado com classe! Se você se animar é assim:

Bolachinhas de Nozes

- 400g de nozes moídas
- 200g de açúcar
- 1 ovo inteiro e 1 clara
- 1 colher (sopa) de farinha de trigo
- 1 colher (sopa) de Kirsch ( uma espécie de pinga de cereja). Mas se não tiver, substitua por outro licor ou conhaque.

Misture tudo, faça bolinhas e achate com um garfo, asse na assadeira untada por 15 minutos ( forno médio).
Elas ainda saem meio moles do forno, quando esfriam endurecem por fora, mas se mantêm molinhas por dentro!

São maravilhosas! Capriche na embalagem a gosto!
Ah! A geléinha da foto é ilustrativa.


foto: oanababy

07 dezembro 2007

A moça tecelã

Este conto maravilhoso é da Marina Colasanti...
Indicado a mim pela terapeuta Débora Marques, e repasso a dica especialmente para as mulheres. Todas nós que adoramos nos perder na vida "dos outros" e quando nos damos conta estamos esvaziadas e carentes. Os rapazes interessados no complexo mundo feminino também devem ler!
Foi publicado o conto sozinho, e também uma outra edição junto com outros contos dela. Nas livrarias!


Acordava ainda no escuro, como se ouvisse o sol chegando atrás das beiradas da noite. E logo sentava-se ao tear.Linha clara, para começar o dia. Delicado traço cor da luz, que ela ia passando entre os fios estendidos, enquanto lá fora a claridade da manhã desenhava o horizonte. Depois lãs mais vivas, quentes lãs iam tecendo hora a hora, em longo tapete que nunca acabava. Se era forte demais o sol, e no jardim pendiam as pétalas, a moça colocava na lançadeira grossos fios cinzentos do algodão mais felpudo. Em breve, na penumbra trazida pelas nuvens, escolhia um fio de prata, que em pontos longos rebordava sobre o tecido. Leve, a chuva vinha cumprimentá-la à janela. Mas se durante muitos dias o vento e o frio brigavam com as folhas e espantavam os pássaros, bastava a moça tecer com seus belos fios dourados, para que o sol voltasse a acalmar a natureza. Assim, jogando a lançadeira de um lado para outro e batendo os grandes pentes do tear para frente e para trás, a moça passava os seus dias. Nada lhe faltava. Na hora da fome tecia um lindo peixe, com cuidado de escamas. E eis que o peixe estava na mesa, pronto para ser comido. Se sede vinha, suave era a lã cor de leite que entremeava o tapete. E à noite, depois de lançar seu fio de escuridão, dormia tranqüila.

Mas tecendo e tecendo, ela própria trouxe o tempo em que se sentiu sozinha , e pela primeira vez pensou em como seria bom ter um marido ao lado. Não esperou o dia seguinte. Com capricho de quem tenta uma coisa nunca conhecida, começou a entremear no tapete as lãs e as cores que lhe dariam companhia. E aos poucos seu desejo foi aparecendo, chapéu emplumado, rosto barbado, corpo aprumado, sapato engraxado. Estava justamente acabando de entremear o último fio da ponto dos sapatos, quando bateram à porta.Nem precisou abrir. O moço meteu a mão na maçaneta, tirou o chapéu de pluma, e foi entrando em sua vida.Aquela noite, deitada no ombro dele, a moça pensou nos lindos filhos que teceria para aumentar ainda mais a sua felicidade. E feliz foi, durante algum tempo.

Mas se o homem tinha pensado em filhos, logo os esqueceu. Porque tinha descoberto o poder do tear, em nada mais pensou a não ser nas coisas todas que ele poderia lhe dar.— Uma casa melhor é necessária — disse para a mulher. E parecia justo, agora que eram dois. Exigiu que escolhesse as mais belas lãs cor de tijolo, fios verdes para os batentes, e pressa para a casa acontecer. Mas pronta a casa, já não lhe pareceu suficiente.— Para que ter casa, se podemos ter palácio? — perguntou. Sem querer resposta imediatamente ordenou que fosse de pedra com arremates em prata.Dias e dias, semanas e meses trabalhou a moça tecendo tetos e portas, e pátios e escadas, e salas e poços. A neve caía lá fora, e ela não tinha tempo para chamar o sol. A noite chegava, e ela não tinha tempo para arrematar o dia.

Tecia e entristecia, enquanto sem parar batiam os pentes acompanhando o ritmo da lançadeira. Afinal o palácio ficou pronto. E entre tantos cômodos, o marido escolheu para ela e seu tear o mais alto quarto da mais alta torre.— É para que ninguém saiba do tapete — ele disse.

E antes de trancar a porta à chave, advertiu: — Faltam as estrebarias. E não se esqueça dos cavalos! Sem descanso tecia a mulher os caprichos do marido, enchendo o palácio de luxos, os cofres de moedas, as salas de criados.

Tecer era tudo o que fazia. Tecer era tudo o que queria fazer.

E tecendo, ela própria trouxe o tempo em que sua tristeza lhe pareceu maior que o palácio com todos os seus tesouros. E pela primeira vez pensou em como seria bom estar sozinha de novo. Só esperou anoitecer. Levantou-se enquanto o marido dormia sonhando com novas exigências. E descalça, para não fazer barulho, subiu a longa escada da torre, sentou-se ao tear.

Desta vez não precisou escolher linha nenhuma. Segurou a lançadeira ao contrário, e jogando-a veloz de um lado para o outro, começou a desfazer seu tecido.
Desteceu os cavalos, as carruagens, as estrebarias, os jardins.
Depois desteceu os criados e o palácio e todas as maravilhas que continha.
E novamente se viu na sua casa pequena e sorriu para o jardim além da janela.
A noite acabava quando o marido estranhando a cama dura, acordou, e, espantado, olhou em volta.
Não teve tempo de se levantar. Ela já desfazia o desenho escuro dos sapatos, e ele viu seus pés desaparecendo, sumindo as pernas. Rápido, o nada subiu-lhe pelo corpo, tomou o peito aprumado, o emplumado chapéu.

Então, como se ouvisse a chegada do sol, a moça escolheu uma linha clara. E foi passando-a devagar entre os fios, delicado traço de luz, que a manhã repetiu na linha do horizonte.

Marina Colasanti, Um espinho de marfim




05 dezembro 2007

Enquanto isso... na sala de estar


O marido chega em casa a noite bem cansado, com ar desanimado e diz para mulher:

- Trouxe trabalho para casa, preciso terminar tudo hoje mesmo...
A mulher sem titubear responde em seguida:
- Oba!!!
Ele não entende nada e pergunta:
- Como assim?
...
- É a única maneira de eu ter a sua companhia e o controle remoto ao mesmo tempo!


03 dezembro 2007

Charada


Adivinhe o que está acontecendo!
Meus cabelos estão caindo, não consigo mais dormir uma noite inteira sequer, estou sempre com fome, mas não consigo comer muita coisa, ando irritada, inchada, cansada e para finalizar: estou engordando. Mas ainda assim nunca me senti tão forte e tão bonita!!!

O que é que eu tenho???
Stress pós-traumático?
Diabetes senil precoce?
Hipotiroidismo delirante?

Nenhuma das anteriores. Estou grávida!!! Hahaha...

02 dezembro 2007

A vida secreta das palavras


Aluguei este filme no fim de semana. Esteve em cartaz há pouco tempo e não pude ver. Se você também não assistiu... recomendo. Apesar de ser um pouco deprê, é lindíssimo. Claro que não vou contar a história, mas no final das contas fala , entre muitas outras coisas, que o que verdadeiramente nos atrai em alguém (numa relação amorosa) é o padrão emocional, as semelhanças entre as "feridas" de cada um, algo muito além dos atributos físicos e mentais! E que uma relação construtiva e enriquecedora é aquela em que um ajuda o outro a curar suas dores, mesmo que seja de forma inconsciente!
Lindo e profundo!
" A vida secreta das palavras" de Isabel Coixet